sábado, 12 de abril de 2008

FILHO DO GOVERNADOR DE RONDÔNIA É PRESO EM AÇÃO DA PF
Da “Gazeta Online”
Jornal: O GLOBO http://www.oglobo.com.br/
08/04/2008
Policiais prendem 22 acusados de importar carros de luxo a preços subfaturados no Espírito Santo. Grupo teria deixado de pagar R$7 milhões à Receita.VITÓRIA. O Ministério Público Federal, com apoio da Polícia Federal, iniciou ontem a operação Titanic, com o objetivo de desbaratar uma quadrilha que importava carros de luxo com preços subfaturados através de um esquema fraudulento. Dos 23 mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça, 22 foram cumpridos ontem, inclusive com a prisão do empresário Adriano Scopel, acusado de chefiar o esquema criminoso, e Ivo Júnior Cassol, filho do governador de Rondônia, Ivo Cassol (PPS). À noite, o governador deu uma declaração alegando que seu filho é inocente. A operação Titanic envolveu cerca de 160 agentes da Polícia Federal e oito auditores da Receita Federal para cumprir 54 mandados de busca e apreensão e 23 mandados de prisão nos estados de Espírito Santo, Rondônia, São Paulo e Minas Gerais. As investigações começaram há um ano e revelaram a participação de funcionários públicos, empresas exportadoras sediadas no Canadá e Estados Unidos, uma importadora do Espírito Santo, despachantes e intermediários. Segundo as investigações, em dois anos, foram importados mais de R$21 milhões em carros de luxo. Só no ano passado, cerca de 190 veículos chegaram ao Brasil de forma fraudulenta. Calcula-se que o esquema provocou um rombo de R$7 milhões no Fisco, com impostos que deixaram de ser recolhidos. Entre os modelos importados, estão Ferraris, Lamborghinis e Porsches.
Se condenados, acusados podem pegar até 30 anos de prisão.Segundo o procurador da República no Espírito Santo Helder Magno da Silva, o esquema comandado pelo empresário capixaba tem ramificações em Rondônia e o envolvimento do governador Ivo Cassol não está descartado. Scopel tinha no estado benefícios referentes ao recolhimento de ICMS. Entre os presos em Rondônia, também está o suplente do senador Mário Calixto (PR-RO).
Dos 23 mandados de prisão, o único que ainda não foi efetuado é do empresário Antônio Cláudio Diniz de Oliveira dos Santos, conhecido como Baducho. O empresário se encontra nos Estados Unidos e sua prisão deverá ser efetuada pelo FBI (a polícia federal americana).Todos os presos responderão por evasão de divisas, crime contra a ordem tributária e contra o sistema financeiro brasileiro. Também são acusados de falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, entre outros delitos. Se condenados, os acusados podem pegar até 30 anos de prisão. O inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal, José Henrique Amauri, disse que durante a operação foram apreendidos 20 motos e 36 veículos de luxo. Segundo a polícia, Adriano Scopel, dono da empresa Tag Importação e Exportação de Veículos, e seu grupo agiam no terminal portuário de Peiú, um dos principais da Região Metropolitana de Vitória, sem interferência das autoridades. O pai de Scopel, Pedro, também foi preso. Ele detinha o direito de exploração da concessão do terminal de Peiú e é sócio do filho na Tag. A polícia precisou arrombar a porta do apartamento de Adriano Scopel, em Vila Velha, para prendê-lo. Ele saiu algemado e foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Vila Velha. Ao sair escoltado, Scopel declarou:— Essa prisão é injusta. O Ministério Público Federal considera as prisões temporárias fundamentais para o sucesso das investigações. A principal preocupação das autoridades é que a quadrilha elimine provas. Durante as investigações, as autoridades obtiveram indícios de que o ex-superintendente da Polícia Federal do Espírito Santo Geraldo Guimarães violou sigilo funcional. O Ministério Público Federal determinou a instauração de um inquérito policial para apuração do caso. Guimarães deverá ser interrogado com outras testemunhas.

RESUMO

O Ministério Público Federal com apoio da Polícia Federal, iniciou operação denominada Titanic no qual prenderam 22 acusados de importar carros de luxo a preços subfaturados no Espírito Santo. Grupo teria deixado de pagar R$7 milhões à Receita. Entre os presos estavam empresários e o filho do Governador de Rondônia. As investigações começaram há um ano e revelaram a participação de funcionários públicos, empresas exportadoras sediadas no Canadá e Estados Unidos, uma importadora do Espírito Santo, despachantes e intermediários. Segundo as investigações, em dois anos, foram importados mais de R$21 milhões em carros de luxo. O inspetor-chefe da Alfândega da Receita Federal, José Henrique Amauri, disse que durante a operação foram apreendidos 20 motos e 36 veículos de luxo. O Ministério Público Federal considera as prisões temporárias fundamentais para o sucesso das investigações. A principal preocupação das autoridades é que a quadrilha elimine provas.

ANÁLISE CRÍTICA

O autor foi imparcial e elucidativo na matéria, uma vez que ele foi bem claro em suas colocações, dando detalhes da operação, de como o Ministério Público e a Polícia Federal chegaram aos acusados, dando fato de onde vinham os carros e para onde iam, bem como pessoas envolvidas na fraude, valores, quantidades de produtos envolvidos e como a fraude leva prejuízo aos cofres públicos. No tocante a Administração, podemos ver pessoas envolvidas com a administração pública envolvidas em fraudes que levam prejuízos aos cofres públicos. O administrador, estando envolvido com a administração pública ou privada, deve se abster de envolvimentos ilícitos que possam levar a prejuízos tantos aos poderes público quanto privado.





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